O
Ministério Público Federal (MPF) incluiu entre os órgãos dados pelo
governo Lula ao PP e ao PMDB, no esquema de arrecadação de propinas, os
ministérios da Saúde, das Minas e Energia e a diretoria comercial do
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).
A informação faz parte do
documento de alegações finais apresentado pelos procuradores da
Lava-Jato ao juiz Sergio Moro, na ação em que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva é acusado de receber benefícios ilícitos da
empreiteira OAS, que era contratada da Petrobras e repassaria propina
aos partidos políticos.
Segundo o documento do MPF, além da diretoria de Abastecimento da
Petrobras, o governo Lula entregou ao PP, em troca de apoio parlamentar
no início do primeiro mandato, em 2003, a diretoria comercial do
Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) e a secretaria de Ciência e
Tecnologia.
Ao PMDB, coube a liderança do governo no Congresso, a
Embaixada do Brasil em Portugal e a presidência da Transpetro. O
documento diz que, depois do mensalão, com o PP enfraquecido e com
vários de seus líderes condenados, o PT teria buscado apoio do PMDB para
superar a crise de governabilidade, com a redistribuição de cargos e a
concessão do Ministério de Minas e Energia ao partido.
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