A
discussão da reforma política com as regras para a eleição do ano que
vem começou com uma série de bodes na sala, como o distritão puro, o
fundo público de financiamento de campanhas de R$ 3,6 bi e, agora, o
parlamentarismo. Todas essas iscas já foram devidamente jogadas e,
enquanto o distinto público, escandalizado, se distrai com elas, corre
no paralelo a negociação real dos cabritinhos que vão ficar na sala.
Entre eles, dispositivos que poderão representar alívio para os
políticos acusados na Lava Jato.
Quais? Por exemplo, a anistia para o caixa 2 puro e simples e uma
tipificação distinguindo esse crime do de corrupção. É natural que
qualquer lei que trate de financiamento eleitoral trate desse assunto –
que, obviamente, jamais será chamado de anistia.
A discussão de um
hipotético e inviável parlamentarismo, por sua vez, teria o poder de
trazer à tona discussões sobre inelegibilidades, por exemplo, e poderia
criar alguma regra permitindo ao presidente da República, por exemplo,
disputar no cargo uma cadeira de deputado – o que livraria Temer das
mãos de Sérgio Moro em 2019, que um dia vai chegar.
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