Os
dados são do próprio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social
(BNDES), principal instituição de fomento das empresas brasileiras. Se
há um setor que tenha recebido especial atenção do banco durante o
governo do PT no que se refere a ganhar o mercado internacional, esse
setor é o de carnes.
Segundo levantamento feito pela área técnica do banco, a pedido do
jornal “O Estado de S. Paulo”, por meio da Lei Acesso à Informação, dos
quase R$ 14,5 bilhões liberados para internacionalização de empresas
brasileiras, de 2005 para cá, R$ 11,7 bilhões – 80% do total – foram
para os frigoríficos.
O levantamento considerou operações via Finem, uma modalidade de
financiamento, e do BNDESPar, braço do banco que compra participações
nas empresas. Há uma importante diferença entre as modalidades.
Financiamentos precisam ser pagos, pesam nos balanços, restringem o
fôlego financeiro. Compras de participações equivalem a ganhar um “sócio
capitalista”, que coloca dinheiro no negócio e fica esperando a empresa
crescer para poder vender sua fatia com lucro – ou prejuízo, se o
investimento der errado.
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