Da Folha de São Paulo
A um ano do início da campanha à Presidência no rádio e na TV, que
começa em 26 de agosto de 2018, o cenário eleitoral está indefinido, sem
clareza de quem serão os candidatos das principais forças. O
enfraquecimento da polarização entre PT e PSDB, com ambos os partidos
desgastados com a Operação Lava Jato, produz uma proliferação de nomes
que poderão disputar o Planalto.
Entre os tucanos, o senador Aécio Neves (MG), ao apoiar o impeachment
de Dilma Rousseff (PT), seria o herdeiro natural da recuperação
econômica que se esperava com a posse de Temer. Atingido pela Lava Jato,
abriu espaço para o governador paulista, Geraldo Alckmin, pleitear a
candidatura.
O desgaste da classe política tradicional, contudo, vem servindo de
palanque para o prefeito paulistano, João Doria, apresentar-se como
representante do “novo”. A disputa velada entre o governador e o
prefeito reorganiza forças dentro do PSDB e mesmo fora, com sondagens do
Democratas e do PMDB a Doria. Um líder tucano admite que a polarização
entre PSDB e PT se esgarçou, pelo menos no retrato instantâneo. Pode vir
a se reorganizar em eventual segundo turno, ele afirma, mas talvez não
dite a campanha desde o primeiro.
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