A pressão está chegando ao nível máximo sobre o STF. Neste fim de
semana, mais uma vez o juiz Sérgio Moro aproveitou um evento jurídico
com ampla cobertura da mídia para acenar com a volta da impunidade caso o
STF resolva, como muita gente espera, rever a interpretação que
permitiu a prisão dos condenados já na segunda instância. Moro ganhou
bom espaço no Jornal Nacional, e o apoio de outros participantes do
evento, como o procurador Deltan Dallagnol. O ministro do STF Luiz Fux,
da turma dos que não querem rever a decisão, também deu entrevista
reafirmando sua posição no noticiário da TV Globo.
Esta é mais uma toga justa em que se meteu o Supremo, e a solução
ideal para a Corte, em termos de imagem, seria deixar tudo como está
para ver como é que fica. Ou seja, não reexaminar o assunto – intenção,
aliás, que a presidente Cármen Lúcia deixou clara ao ser interpelada
sobre o assunto há duas semanas, pelo próprio Moro, num outro evento. Só
que, no mesmo dia, o ministro que está relatando o caso que suscita
novamente a discussão, Marco Aurelio Mello, disse que a levará logo ao
plenário.
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