Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do
Ministério da Fazenda (Coaf), identificou movimentação suspeita de R$
248 bilhões feitas pelo grupo J&F entre 2003 e 2017. O conteúdo do
documento foi revelado pela revista “Veja”, e a TV Globo também teve
acesso ao relatório. Segundo a reportagem da revista, o relatório do
Coaf aponta que, em 14 anos, a J&F movimentou a quantia em operações
nebulosas, que incluem remessas a políticos investigados pela Operação
Lava Jato.
O órgão capta transações fora de padrão, atípicas, e os motivos
apontados pelo Coaf para registrar estas operações são diferentes pra
cada pessoa citada no relatório de inteligência financeira. Repasses de
mais de R$ 100 mil têm de ser avisados pelos bancos ao Coaf
imediatamente. Todas as informações que estão no relatório poderão ser
usadas em novas investigações ou em inquéritos já em andamento.
Mas nem todas as operações são necessariamente resultado de crimes.
Isso será investigado a partir de outras informações de posse dos
investigadores. O secretario-executivo do Coaf, Ricardo Liáo, explica o
que o órgão considera como operações suspeitas.
“As operações suspeitas são aquelas que, observadas pelos setores
obrigados, destoam, vamos dizer assim, da naturalidade das coisas. Ou
seja, comportamentos diferenciados, situações de identificação
prejudicada, incompatibilidade do patrimônio das pessoas com as
movimentações observadas”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário