De
repente, até mesmo em regiões onde certas culturas pareciam firmes e a
prosperidade, garantida, o fantasma da fome bate à porta.
Em vários países da Ásia, da África e da Oceania, as bananas estão
sendo atingidas por um fungo, o Fusarium oxysporum, que causa uma doença
resistente a remédios e de difícil detecção. Ele invade a bananeira
pelas raízes, penetra no seu sistema vascular, despeja uma gosma que
impede a circulação dos nutrientes e a faz produzir, em vez de gloriosas
bananas d’água, reles bananicas. As bananeiras das Américas Central e
do Sul ainda não foram atingidas, mas, dizem os estudiosos, as
repúblicas especializadas no produto não perdem por esperar.
Há também aquele problema há muito denunciado em escala mundial: que
fim levaram as abelhas? Mesmo no Brasil, o sumiço já pode ter chegado a
30% das colônias. É grave porque, na busca do alimento, as abelhas
polinizam as plantações de frutas, legumes e grãos, significando que,
sem elas, a produção cai. As hipóteses para o desaparecimento vão do
abuso de agrotóxicos à poluição do ar e até aos sinais emitidos pelas
torres de celular, que as fariam perder o senso de direção. O mundo
tornou-se hostil às abelhas –não admira que elas estejam caindo fora.
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