O atraso no pagamento do funcionalismo público no
Rio Grande do Norte poderá represar a circulação de, pelo menos, R$ 1
bilhão no comércio varejista neste último bimestre de 2017. Na contramão
do empresariado de outros estados brasileiros, oxigenado pela redução
dos juros, queda da inflação e aumento do índice de confiança do
consumidor no cenário nacional, os empresários locais temem queda
acentuada nas vendas neste fim de ano, aumento da inadimplência e
enfraquecimento da atividade econômica, visto que, os servidores
públicos lotados no estado respondem por um terço da massa de rendimento
em circulação.
Somente os trabalhadores da ativa fazem circular na economia R$ 600
milhões mensais em salários. Responsável pela emissão do maior volume de
recursos, o Governo do Estado conta com parte da folha de pagamento dos
servidores de outubro em aberto e ainda não anunciou datas para
quitação de novembro, dezembro e décimo terceiro salário da maioria dos
trabalhadores, conforme levantamento do economista José Aldemir Freire.
“O volume de recursos represado hoje é três vezes maior do que tivemos
no mesmo período do ano passado. O cenário é tenebroso. Se não tiver
dinheiro extra, a única saída é a ajuda federal”, advertiu o economista.
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