Graça Foster entregou Guido Mantega.
Ela disse ao MPF que o Pós-Itália, em 2014, quebrou a Petrobras impedindo o reajuste da gasolina.
O objetivo, claro, era garantir a reeleição de Dilma Rousseff.
Diz a Folha de São Paulo:
“A palavra final, disse Foster em depoimento dado em inquérito civil
público de 2015 e anexado ao processo do MP, era de Mantega, que
presidia o conselho de administração.
‘Os aumentos de preços, todos eles, desde o meu primeiro dia até o
último dia eram trazidos pelo presidente do conselho’, afirmou ela. ‘Ele
ligava para mim e falava: 3 no diesel e 5 na gasolina, e desligava’.
Em seu Plano de Negócios, a Petrobras contava com reajustes de
combustíveis para manter o indicador de endividamento sobre geração de
caixa abaixo do limite de 2,5 vezes estipulado para o período entre 2013
e 2017.
O índice atingiu 4,07 vezes ao final do primeiro semestre de 2014,
três meses antes da eleição presidencial. Ainda assim, mostram as atas, o
presidente do conselho rejeitou diversos pedidos de reajustes feitos
pela empresa (…).
Em reunião no dia 31 de outubro, cinco dias após o segundo turno,
Mantega finalmente cedeu e, segundo a ata do encontro, recomendou à
diretoria ‘passar um tempo com os preços acima da paridade a fim de
recompor as defasagens do passado’”.
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