O deputado Jair Bolsonaro (PSL) atravessou sem por os pés no chão os 70 passos que separam a porta do saguão de desembarque do aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais (PR), até a rua onde estava estacionado o caminhão de som dos seus simpatizantes.
O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) é recepcionado por
militantes no aeroporto internacional Afonso Pena, em São José dos
Pinhais, na região de Curitiba – Danilo Verpa/Folhapress
Os cerca de 200 apoiadores do presidenciável o carregaram nos ombros
aos gritos de “mito” e “presidente”. Bolsonaro não falou com a imprensa,
fez apenas um breve discurso em cima do veículo, onde atacou o
ex-presidente Lula, reivindicou o direito do cidadão de andar armado e
pediu voto impresso na eleição de outubro. Vestiu uma faixa
presidencial.
Bolsonaro fez menção aos ataques sofridos pela caravana do presidente
Lula, atingida por ovos em discursos no Sul —a caravana do petista
também passará por Curitiba nesta quarta (28). “Lula quis transformar o
Brasil num galinheiro. Agora está colhendo os ovos”, disse. Ele não
falou diretamente sobre os tiros disparados contra dois ônibus da
caravana petista, nesta terça (27).
Mas o direito de atirar, porém, não ficou de fora do discurso. Ele
defendeu que “a Polícia Militar, em defesa do povo, atire para matar”.
“Nós faremos voltar a valer a força.”
Usou uma metáfora para dizer que derrotará os opositores de esquerda.
“Agora vão ver a direita. Vão levar um cruzado de direita.”
Ao pisar em solo paranaense Bolsonaro foi recepcionado pelo deputado
federal Fernando Francischini, que é do estado e tentará uma vaga no
Senado pegando carona na popularidade de Bolsonaro e no prestígio da
Operação Lava Jato.
Francischini também discursou e chamou de bandidos os integrantes da
caravana de Lula. Ele foi delegado da Polícia Federal e secretário de
Segurança do estado do Paraná.
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