Mande uma malinha pequena, com notas de US$ 10, para o Exterior; e conheça o inferno da burocracia.
Tem de mostrar todos os documentos, preencher formulários, explicar
por que ainda usa notas, e por que não quer passar pelo sistema
bancário. Não é impossível mandar dinheiro em notas, mas é chato; e as
autoridades brasileiras, do país para onde for enviada a maleta, as dos
países onde houver escalas, todas terão seu nome e sua ficha.
Aqui, US$ 5 milhões de dono não divulgado, enviados a alguém que não
se sabe quem é, entram num avião no Aeroporto Internacional de Guarulhos
e são levados a outro aeroporto internacional, o de Viracopos, onde o
movimento é menor. Ali, sem grandes problemas, os US$ 5 milhões foram
roubados. Ora, se o dinheiro ia viajar, por que não foi direto para o
aeroporto de embarque? E a segurança em Viracopos é mesmo vulnerável a
um alicate na cerca e um carro disfarçado?
Bom, já disseram que o destino do dinheiro seria a Suíça, após voo
com duas escalas. Só que a Lufthansa, dona do jato, informou que ele
iria para Frankfurt, Alemanha, com escala em Dacar, no Senegal, e não
para a Suíça. Ou seja, em vez de colocar a apetitosa carga no local do
embarque, deixando-a quieta, puseram-na num aeroporto de onde o avião
não sairia, e a levaram para Viracopos. O jato iria para o Senegal e a
Alemanha, onde o dinheiro seria posto em avião com destino à Suíça.
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