A Procuradoria da
República no Distrito Federal encaminhou quatro denúncias à Justiça
relacionadas às operações Cui Bono? e Sépsis, que apuram desvios em
vice-presidências da Caixa. São alvos das acusações os emedebistas
Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha eHenrique Eduardo Alves e as empresas
Marfrig, Bertin, J&F e BR Vias e Oeste Sul, as duas últimas do grupo
Constantino
As peças de acusação foram encaminhadas à 10ª Vara Federal em Brasília e serão analisadas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.
De acordo com os procuradores da
força-tarefa Greenfield, que centraliza as investigações em Brasília, os
denunciados vão respondem pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro. O MPF pede ainda o valor de R$ 3 bilhões em multa e reparações
de danos.
De acordo com o MPF, o grupo criminoso que
praticou os desvios na Caixa era dividido em núcleos. O empresarial,
interessado em comprar facilidades no banco, o dos funcionários
públicos, que operavam na caixa e no fundo de investimento do FGTS, o
grupo político, responsável por captar as empresas interessadas, e os
operadores financeiros.
“Os agentes políticos recebiam as
informações privilegiadas e, assim, cooptavam as empresas que se
dirigiam à entidade financeira para obter recursos. Havia ainda, em
certos casos, outros agentes políticos que se beneficiavam com o
recebimento de propina, por terem ligação com os agentes políticos
cooptadores e prestarem auxílio permanente ao esquema”, explica o MPF
sobre a atuação dos políticos.
Um dos principais operadores financeiros,
segundo o MPF, era o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Após assinar um
acordo de colaboração premiada com a Justiça, Funaro detalhou como
recebia a propina das empresas e repassava aos políticos
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