Entre 2010 e 2017,
as despesas da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte
(Caern) se concentraram cada vez mais em salários e encargos sociais do
que com investimentos. É o que mostra um estudo do Ministério da
Economia sobre as empresas públicas de saneamento do Brasil, obtido pela TRIBUNA DO NORTE. Os gastos com o funcionalismo da Caern cresceram R$ 169 milhões no período e, com os investimentos, R$ 14,8 milhões,
ou seja, dez vezes mais. Descontada a inflação no período, a evolução
com pessoal chega a ser seis vezes maior do que as melhorias para o
sistema.
Proporcionalmente, a Caern teve o segundo maior aumento de despesas
com funcionalismo do Nordeste, atrás somente da Companhia de Água e
Esgotos do Maranhão.
O crescimento real no período foi de 62,17% – o que
mais contribuiu para isso, considera a equipe econômica, foi o aumento
de 30% no número de funcionários.
Os investimentos, nos mesmos anos
analisados, evoluíram apenas 13%.
Os dados são do Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS).
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