A entrevista ao diretor do CNN Brasil Business, Fernando Nakagawa, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, falou sobre as projeções do efeito do novo coronavírus na economia mundial e, especificamente, na brasileira.
A OMC já havia revelado a expectativa de recuo entre 13% e 32% no
comércio global por causa da pandemia, mas Azevêdo afirmou que, apesar
de também ser afetado, o Brasil tem boas chances de recuperação.
“Seguramente o impacto será forte nas exportações brasileiras, mas ao
contrário daquelas grande crises que vimos no passado, essa é uma crise
principalmente de saúde. Com a retomada da economia mundial, a
brasileira também pode se recuperar, sobretudo com a melhora dos preços
das commodities se a demanda subir”, disse.
O diretor da OMC admitiu que houve receio, principalmente nos dias
subsequentes ao surgimento da COVID-19, quando alguns países começaram a
anunciar restrições de exportações de bens alimentícios.
“Isso acabou não se espalhando muito, ficou bem limitado. A parte
[brasileira] de alimentos e agronegócio não deve sofrer muito, mas
outros fatores indiretos, sim: transporte, colheita e produção por causa
da redução da oferta de trabalho. Também a área logística, navios,
aviões, o custo pode ser afetado. (…) Mas não acho que sejam coisas que
irão derrubar os números de forma geral.”
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