Se tem uma categoria realmente preocupada com o isolamento social é a
dos profissionais da saúde. E não estamos falando de mandar avisos de “fique em casa” ou “lave as mãos”,
recomendações básicas neste momento. O Sindisaúde, o sindicato que
representa estes trabalhadores, parte para ações na Justiça tanto em
Natal, quanto em Mossoró.
A situação está crítica e são eles que estão
na linha de frente.
Há razão para tais ações na Justiça: a iminência de colapso no
sistema de saúde. O número de infectados e doentes cresce em escala
desproporcional ao de leitos. A conta não fecha, as filas já se formam e
novos pacientes não param de abarrotar os hospitais do Estado.
Qual a solução que os profissionais de saúde sugerem? Que seja
urgentemente decretado o lockdown, o isolamento mais severo, que permite
a circulação de pessoas somente em casos realmente de extrema
necessidade. Eles acreditam que se todos estiverem compulsoriamente em
casa, a curva tenderá a se achatar e haverá maior fôlego na estrutura de
saúde pública, garantindo atendimento e o socorro à vida dos pacientes.
Acontece que decretar o lockdown não é apenas assinar um papel e
dizer: “Pronto, todo mundo fica em casa, fecha tudo e vamos aguardar”.
Há pressões de todos os lados. Os profissionais de saúde é um deles. Os
empresários, outro. A população, também. Como buscar o consenso? Cabem à
governadora Fátima Bezerra e à prefeita Rosalba Ciarlini tentarem a
equivalência, o que parece luta hercúlea.
Se a situação não é fácil, inclua ainda a Procuradoria Geral do
Município de Natal, que pediu a extinção da ação do Sindisaúde por
considerá-lo ilegítimo a reivindicar o tema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário