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sábado, 16 de maio de 2020

O que está por trás dos temores de Fátima em adotar o lockdown?


Se tem uma categoria realmente preocupada com o isolamento social é a dos profissionais da saúde. E não estamos falando de mandar avisos de “fique em casa” ou “lave as mãos”, recomendações básicas neste momento. O Sindisaúde, o sindicato que representa estes trabalhadores, parte para ações na Justiça tanto em Natal, quanto em Mossoró. 
A situação está crítica e são eles que estão na linha de frente.
Há razão para tais ações na Justiça: a iminência de colapso no sistema de saúde. O número de infectados e doentes cresce em escala desproporcional ao de leitos. A conta não fecha, as filas já se formam e novos pacientes não param de abarrotar os hospitais do Estado.
Qual a solução que os profissionais de saúde sugerem? Que seja urgentemente decretado o lockdown, o isolamento mais severo, que permite a circulação de pessoas somente em casos realmente de extrema necessidade. Eles acreditam que se todos estiverem compulsoriamente em casa, a curva tenderá a se achatar e haverá maior fôlego na estrutura de saúde pública, garantindo atendimento e o socorro à vida dos pacientes.
Acontece que decretar o lockdown não é apenas assinar um papel e dizer: “Pronto,  todo mundo fica em casa, fecha tudo e vamos aguardar”. Há pressões de todos os lados. Os profissionais de saúde é um deles. Os empresários, outro. A população, também. Como buscar o consenso? Cabem à governadora Fátima Bezerra e à prefeita Rosalba Ciarlini tentarem a equivalência, o que parece luta hercúlea.
Se a situação não é fácil, inclua ainda a Procuradoria Geral do Município de Natal, que pediu a extinção da ação do Sindisaúde por considerá-lo ilegítimo a reivindicar o tema.

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