A briga pela audiência e a guerra ideológica, que permeiam o
noticiário, tem sonegado dos brasileiros o número de óbitos de fato
ocorridos a cada dia.
O noticiário prefere destacar “mortes nas últimas 24h”,
uma mentira, quando na verdade inclui óbitos de outros dias confirmados
naquela data.
Os brasileiros não foram informados, por exemplo, que,
segundo o mais recente boletim sobre as datas de óbitos, à disposição de
interessados no Ministério da Saúde, revela que o pico foi registrado
em 12 de maio:
670 mortes, menos da metade do total alardeado.
Eduardo Macário, do Ministério da Saúde, diz que os 1.381 óbitos de
quarta-feira ocorreram ao longo de 60 dias, sendo 245 em 72h.
A dificuldade de país continental como o Brasil aparece no detalhe:
uma morte confirmada em 3 de junho ocorreu na verdade dia 31 de março.
O gráfico de mortes por data mostra que a curva de letalidades tem
diminuído e a capacidade de resolução de casos antigos aumentado.
Por Cláudio Humberto
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