O Brasil fez, em média, 11,3 testes RT-PCR para detecção do covid-19 a cada 100 mil habitantes. Segundo pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa baixa cobertura contribuiu para o avanço da doença e o crescimento de casos graves e de óbitos.
Um estudo do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da instituição apontou três fatores que levaram o país a falhar na estratégia de testagem em massa para covid-19 no decorrer da pandemia: falta de planejamento para aquisição de testes em massa, opção por testes rápidos em vez dos RT-PCR e ausência de indicadores confiáveis acerca dos dados.
O grupo afirmou que a falta de centralização na compra e distribuição dos testes “fragmentou a informação” sobre o agravamento da pandemia. A Fiocruz destaca que a estratégia brasileira, de acompanhar a evolução da covid-19 no país por aumento na quantidade de casos e óbitos, é insuficiente no combate à doença por consistir numa análise limitada e com bastante atraso em relação ao momento da infecção.
Amapá, Distrito Federal e Maranhão são os estados realizaram menos testes PCR para detectar a infecção, conforme levantamento da Fiocruz solicitado pela CNN.
Esses locais ficaram com taxas de, respectivamente, 0,3; 0,5 e 1,7 testes PCR a cada 100 mil habitantes em outubro, o último com números disponíveis.
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