O Antagonista
Parece que a Lava Jato resolveu desenterrar personagens que deveriam ter sido investigados no passado. A operação de hoje tem como alvo o lobista Claudio Augusto Mente, que fazia o elo entre PT, MDB e PP com os fundos de pensão.
A juíza Gabriela Hardt autorizou buscas e apreensões em endereços pessoais e profissionais de Claudio Mente, além do sequestro de R$ 27,7 milhões em contas em nome dele, da empresa Morro Agudo Serviços e Participações e na C.R.A. – Comércio de Produtos Agropecuários.
“A representação policial visa aprofundar investigação do inquérito policial nº 1074/2019 (autos nº 5039222-23.2019.4.04.7000), instaurado em 26/07/2019, que tem por objeto apurar possível ocorrência de crimes de corrupção ativa e passiva (arts. 333 e 317 do CP), associação criminosa (art. 288 também do CP) e lavagem de dinheiro (art. 1º. da Lei 9.613/98), considerando que no ano de 2013 João Vaccari Neto teria orientado Zwi Skornicki a transferir um milhão de dólares a CLÁUDIO AUGUSTO MENTE”, diz Hardt em sua decisão.
Segundo ela, os pagamentos “teriam sido feitos mediante a simulação de contratos e transferências internacionais em contas tipos offshores e corresponderiam ao repasse de parte de vantagens pecuniárias indevidas obtidas pela empresa Keppel Fels por contratos celebrados com a Petrobras”.
Em 2016, O Antagonista alertou para que a Lava Jato não esquecesse de investigar Claudio Mente, justamente por sua ligação com João Vaccari Neto, com quem operou nos fundos de pensão, e José Janene, de quem foi sócio na CSA Finance – empresa que está na origem da Lava Jato.
Claudio Mente também foi parceiro de negócios de Mighel Ethel Sobrinho, doleiro da família Sarney, na CSA Securitizadora de Ativos – empresa nunca investigada pela Lava Jato.
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