Quase quatro milhões de mortos no mundo em um ano e meio – mais de 502 mil só no Brasil. Nações se fecharam, se abriram, se uniram na busca por protocolos, vacinas, medicamentos, por uma saída. Mas até hoje não se pode afirmar com precisão a origem do novo coronavírus, causador da doença que varre o planeta, a Covid-19.
A possibilidade mais plausível era a de que a evolução natural teria se encarregado de permitir que um vírus que habita morcegos contaminasse humanos. (AINDA BEM QUE A NATUREZA CRIOU O MONSTRO CHAMADO CORONAVÍRUS.. frase do ex preso Luiz Inácio). A hipótese de a origem da pandemia ter sido um laboratório alimentou estapafúrdias teorias da conspiração sobre a China ter manipulado, propositalmente, o coronavírus.
Nas últimas semanas, porém, cientistas renomados e figuras que investigam o caminho do vírus até os humanos passaram a aventar um cenário em que um acidente de laboratório seja a origem da pandemia.
Em maio deste ano, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deu 90 dias para que os serviços de inteligência do país produzam, com “esforço redobrado”, um novo relatório sobre as origens do coronavírus – medida considerada “manipulação política” e “desrespeito à ciência” pela China.
O argumento americano é de que os dados atuais são insuficientes para determinar se o vírus veio da natureza ou escapou, acidentalmente, do Wuhan Institute of Virology (WIV), laboratório que trabalha com engenharia genética de diferentes coronavírus e que fica a poucos quilômetros do mercado ligado ao primeiro surto da Covid, que aconteceu no fim de 2019.
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