O secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, e quatro dos cinco empresários detidos na quarta-feira (2), em caráter temporário, durante a quarta fase da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), foram transferidos na manhã desta quinta-feira (3) para o sistema prisional estadual.
Campêlo e os empresários Nilton Costa Lins Júnior; Sérgio José Silva Chalub, Frank Andrey Gomes de Abreu, Carlos Henrique Alecrim John são suspeitos de desviar dinheiro público destinado a ações que o governo amazonense implementou para combater a covid-19, como a construção de um hospital de campanha. O próprio governador Wilson Lima é um dos alvos da investigação.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), após passarem a noite na superintendência da PF, em Manaus – onde prestaram depoimentos –, os cinco investigados foram transferidos para o Centro de Recebimento e Triagem (CRT). De lá, Campêlo e Costa foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória de Manaus II (CDPM II) e Chalub, Abreu e John para o CDPM I. O sexto investigado detido na operação, Rafael Garcia da Silveira, está preso em Porto Alegre (RS).
Campêlo foi detido por policiais federais, no meio da tarde de ontem, ao desembarcar de um avião no Aeroporto Eduardo Gomes, na capital manauara. Outro dos detidos, o empresário Nilton Costa Lins Júnior, está sendo acusado de receber a tiros os policiais federais que foram a sua casa cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão de eventuais provas que possam auxiliar na apuração.
“Foi uma situação bastante constrangedora e perigosa lá em Manaus […] Uma situação muito sui generis que eu nunca tinha visto acontecer”, comentou a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, responsável pelo caso na Procuradoria-Geral da República (PGR), durante sessão da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pouco após ser informada da ocorrência.
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