O senador Davi Alcolumbre é acusado por seis ex-funcionárias de seu gabinete de cometer a prática de ‘rachadinhas’, onde os assessores são obrigados a devolver parte do salário – de forma irregular – para o parlamentar. Segundo reportagem da revista Veja, publicada nesta sexta-feira (29), a prática, da qual o senador Flávio Bolsonaro e outros membros são investigados no Rio, movimentou cerca de R$ 2 milhões para Alcolumbre.
As seis funcionários do senador tinham vencimentos que variavam de R$ 4 mil a R$ 14 mil por mês, mas não recebiam esse dinheiro de forma integral. Segundo o texto da Veja, as mulheres contradadas abriam uma conta no banco, entregavam o cartão e a senha a uma pessoa da confiança de Davi Alcolumbre e, em troca, ganhavam uma pequena parte do próprio salário.
“O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada no Senado”, afirmou a diarista Marina Ramos Brito dos Santos à Veja.
Outra a denunciar o suposto esquema do senador foi a ex-funcionária Erica Almeida Castro. “Meu salário era acima dos R$ 14 mil, mas eu só recebia R$ 900. Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje tenho vergonha disso”.
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