“Um
bom sexo depende da expectativa de cada um. Para uma pessoa comum é ter
um orgasmo, depois outro, mais outro… e acabou. Isso ocorre porque ela
está muito ligada ao sexo animal. O bichinho sente um impulso
instintivo, cruza, espalha suas sementinhas e pronto. Para os tântricos,
o sexo oferece expectativas maiores. É possível viver o sexo
intensamente, não aqueles segundinhos de mero espasmo nervoso. O que a
gente quer não é um orgasmo, nem mesmo um orgasmo múltiplo, e sim um
hiperorgasmo.”, diz Mestre De Rose, autor de vários livros sobre o tema.
Para o psicoterapeuta e escritor José Ângelo Gaiarsa, “o sexo
praticado hoje é extremamente estereotipado. Qual é o resultado disso?
70% dos americanos ejaculam dois minutos ou menos depois da penetração. E
segundo os especialistas, nós, os ocidentais, temos, todos, ejaculação
precoce. O Tantra, que é primoroso a esse respeito, mostra o que o
ocidental perde de prazer! E sempre servindo ao patriarcado, porque o
nosso prazer é tão precário que você não vai brigar demais por ele. Você
perde a noção do que é prazer e felicidade. Se você tem prazer e
conhece a felicidade você tem tesão geral. Se você vai matando este
tesão primário da vida, você se torna parte de um rebanho, vai brigar
para quê?”
O sexo, na intimidade da vida de cada um, continua sendo para a
maioria um problema complicado, difícil, cheio de dúvidas e auto julgamentos negativos. A liberdade sexual de hoje é mais falada do
que realizada, ainda existindo em quase todos uma carência fundamental
de sexo, tanto em quantidade como em qualidade.
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