Para o deputado Felipe Maia (DEM), é preciso prudência diante dos fatos porque a denúncia sequer foi acolhida pelo STF e, portanto ainda não é há um processo contra o presidente da Câmara. “Tem que se ter cautela para não se desviar a crise do Palácio do Planalto para o congresso. Ele foi denunciado antes de outros, como o caso da refinaria de Passadena ou o próprio Petrolão. Tem que ter cuidado para não virar o foco da crise do Planalto”, destaca Felipe Maia. Ele acredita que a denúncia contra Cunha pode ser usada para amenizar o peso que a presidente Dilma tem carregado diante das acusações contra seus aliados e seu governo.
“O presidente da Câmara foi citado numa delação premiada dentro de um conjunto onde ele é apenas uma peça dentro de um jogo bem mais complexo”, declara Maia em entrevista ao Novo Jornal.
O deputado Rogério Marinho (PSDB) vê a questão de maneira parecida. Na opinião dele, tudo ainda está no campo da acusação o que não significa efetivamente uma condenação. “A denúncia precisa primeiro ser recebida pelo tribunal até que se estabeleça um veredito. O Eduardo Cunha certamente terá condição de provar se as alegações são verdadeiras ou não dentro do rito que a lei prevê”, disse ele ao periódico.
Ao analisar o momento pelo qual vive a Câmara Federal, deputado federal Rafael Motta (PROS) adverte para o fato de que Cunha é o presidente do legislativo nacional e que não se pode condenar uma autoridade sem antes haver comprovação dos fatos. “Por enquanto são denúncias. A gente aguarda que a Justiça faça a sua parte. O presidente disse que não há provas contra ele, por isso ainda está no campo da acusação”, disse Motta.
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