Em
cinco meses, o governo da presidente Dilma Rousseff já enfrentou três
grandes manifestações que emparedaram a gestão petista. Sem nenhuma
sinalização do arrefecimento da insatisfação popular, com outra marcha
nacional agendada para setembro, o Palácio do Planalto continua sem uma
agenda que recupere a popularidade da presidente ou tire a economia da
recessão.
No cenário político, aliados tentam se descolar do governo
para não serem tragados para a turbulência. E a Operação Lava Jato chega
cada vez mais perto do alto escalão. Esse panorama, na avaliação do
deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), antecede uma pressão popular e
tornará a gestão de Dilma insustentável.
“Ela deve sair pelo caos que o país está, e foi ela que o levou. O
país ainda não chegou ao fundo do poço, mas vai chegar”, afirma o
ex-governador de Pernambuco. “Quer queira ou não, o impeachment virá,
embora eu ache que seja um processo explosivo e traumático”, diz à Veja.
O peemedebista também não poupa os presidentes da Câmara e do Senado,
seus correligionários Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros
(PMDB-AL). Para ele, Cunha deve ser afastado imediatamente do posto.
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