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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

OPERAÇÃO CANDEEIRO: ROUBO DE DI NHEIRO DO IDEMA ERA FEITO ATRAVÉS DE CONTA FICTICIA


idema

O desvio de dinheiro do Idema, investigado pela Operação Candeeiro, do Ministério Público Estadual (MPRN), era feito por meio de uma conta bancária fictícia, sem conhecimento de órgãos de controle. A conta foi criada pelo departamento financeiro do Idema, que estava ligado à Gudson Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor administrativo do Instituto, apontado como o idealizador do esquema.

De acordo com o Ministério Público Estadual, a partir dessa conta corrente, chamada de “conta mestre”, eram encaminhados recursos para a APA Bonfim, uma conta desconhecida de onde eram efetuados os pagamentos para as empresas envolvidas no esquema. Para que o dinheiro fosse liberado, Gutson e Clebson Bezerra, diretor financeiro do Idema, assinavam ofícios fantasmas para o Banco do Brasil.

As transferências não eram registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do RN (SIAF), uma vez que não havia ligação contratual entre o Idema e as empresas beneficiadas.

No total, R$ 19.321.726,13 foram desviados do órgão do Governo para sete empresas. Segundo as investigações o dinheiro foi destinado a diversos investimentos. As investigações apontaram que a academia Prime, no conjunto Cidade Satélite, foi construída com os recursos desviados. Além disso, dois ex-estagiários do Detran compraram uma equipadora localizada no Midway Mall (Toreto Equipadora).

Gutson e Clebson foram detidos na manhã desta quarta-feira(2), assim como João Eduardo de Oliveira Soares, que também atuava no departamento de finanças do Idema, e Renato Bezerra de Medeiros, que não tinha vínculo de trabalho com o órgão. O quinto mandato de prisão, em desfavor de Antônio Tavares Neto, ainda não foi cumprido porque ele não foi localizado.

A Operação Candeeiro foi deflagrada na manhã desta quarta-feira(2). Ao todo, participam da operação 26 promotores e cerca de 100 policiais em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró. Os suspeitos devem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, uso de documento falso, extravio, sonegação e inutilização de livro ou documento.

Veja a relação de empresas beneficiadas e os valores recebidos:

A Macedo Mafra – ME: R$ 1.529.948,15
Fabiola Mercedes da Silveira – ME: R$ 3.061.913,80
Conceito Rent a Car Ltda – ME: R$ 3.224.713,18
J de O Soares – ME: R$ 3.493.024,77
Ramon Andrade B F Sousa – ME: R$ 3.999.392,16
M D S de Lima Serviços – ME: R$ 891.313,40
Antônio Tavares Neto – ME: R$ 3.121.402,67

Fonte: TN Online

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