O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou hoje (15)
qualquer tipo de acordo para negociar com o governo sua manutenção no
cargo, em troca do arquivamento de pedidos de impeachment contra a
presidenta Dilma Rousseff. Cunha classificou como “ridículas” as
reportagens veiculadas hoje por alguns jornais afirmando que o
ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva estaria comandando as
negociações com ele, que aguarda representação a ser aberta no Conselho
de Ética
“É tão ridícula que me atribui diálogos com pessoas com as quais não
falo há três meses.” Umas das notícias indicava que o almoço de ontem
(14), entre Cunha e o vice-presidente da República Michel Temer, teria
servido como cenário para discutir estratégias.
“Eu almoço com Michel Temer e isso vira acordo! É brincadeira”,
ironizou, ao afirmar que não há um dia em que os dois estão em Brasília
sem que se encontrem. “Vou 11h da noite ou 8h da manhã e vocês não tomam
nem conhecimento”. Eduardo Cunha informou que se encontrou com o
ministro da Casa Civil, Jacques Wagner, na semana passada e nesta
semana.
“Ele não propôs acordo nenhum. Eu conversar com ministro significa
que tem de ter proposta de acordo? Acho isso tão ridículo. Na
quinta-feira (8), tomei café com [o ministro] Edinho [Silva]. Ter um
encontro com alguém significa que tem de ter acordo? Tenho de dialogar
com todo mundo. Esse é meu papel”.
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