O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), confirmou nesta quinta-feira que definirá em novembro se vai deferir ou não os pedidos de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff
que foram protocolados na Casa. “Vamos, no curso do mês de novembro,
tomar uma decisão. Mas não vamos estimular o debate”, disse o
peemedebista.
Ele não sinalizou, porém, qual será seu veredicto sobre os pareceres
dos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior e do advogado Luís
Carlos Crema, que são considerados pela oposição os mais consistentes.
Embora não tenha fixado uma data para deflagrar o processo, a
reportagem apurou que Cunha planeja bater o martelo nas duas últimas
semanas do mês. A ideia é deixar claro que ele não foi influenciado pelo
ultimato dado por líderes de partidos de oposição que definiram o dia
15 como “prazo”.
O presidente da Câmara anunciou em plenário nesta quinta-feira que
desistiu do rito que havia proposto para eventual processo de
afastamento contra Dilma Rousseff. O chamado “manual do impeachment”
havia sido barrado por três liminares do Supremo Tribunal Federal, que
agora perderam o efeito.
A decisão deu novo ânimo aos partidos de oposição ao governo. O bloco
pró-impeachment no Congresso temia que o agravamento das denúncias
contra Cunha fizesse com que ele se aproximasse do Palácio do Planalto
em troca de ter o seu mandato poupado no processo que responderá no
Conselho de Ética da Casa por suposta quebra de decoro parlamentar.
Agência Estado
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