Os
tempos de moeda forte ficaram definitivamente para trás — ao menos é o
que se pode concluir dos fatos das últimas semanas. Do fim de dezembro
do ano passado ao fechamento desta edição, no dia 5 de outubro, o real
acumulava uma desvalorização de 47% em relação ao dólar. Vai parar por
aí?
Não, segundo o argentino Joaquin Cottani, economista-chefe para a
América Latina da agência de classificação de risco Standard &
Poor’s. Ele trabalhou no Ministério das Finanças da Argentina e fez
doutorado em economia na Universidade de Yale, dos Estados Unidos. Nos
cálculos de Cottani, o dólar deverá chegar a 5 reais.
“Essa é a taxa de
câmbio mais adequada aos fundamentos da economia brasileira, marcada por
inflação em alta e baixa produtividade”, diz ele em entrevista à
revista EXAME.
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