A
erosão do resultado primário (economia para pagamento dos juros da
dívida pública) nos últimos anos, somada com a alta da taxa de juros e
os gastos bilionários do Banco Central com o programa de swap cambial
(venda de dólares no mercado futuro), levou a uma explosão do déficit
nominal – que significa em quanto as despesas, incluindo gastos com
juros, superaram as receitas – do governo. O rombo saiu de 3,28% em 2013
para 9,34% do PIB no acumulado em 12 meses até setembro deste ano,
recorde da série histórica.
Obviamente, o ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic), que saiu
de 7,25% em março de 2013 para o nível atual de 14,25%, colabora para o
aumento do déficit nominal. Do déficit de R$ 536,2 bilhões em 12 meses
até setembro, a conta de juros responde por R$ 510,6 bilhões. Mesmo
assim, especialistas ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da
Agência Estado, apontam que o principal motivo para essa deterioração no
resultado nominal é a reversão do superávit primário para déficit.
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