Quase um terço dos municípios potiguares já registrou casos de
violação a caixas eletrônicos este ano. Ao todo, 50 cidades do Rio
Grande do Norte – o estado tem 167 municípios – foram atingidas por tal
prática criminosa. Foram 76 ocorrências em 2015, sendo 48 bem sucedidas e
28 tentativas frustradas. Números que superam os do ano passado. Em
2014, 63 caixas foram alvo de bandidos, uma média mensal de seis casos.
Utilizar explosivos é o modo mais comum para roubar dinheiro dos
terminais eletrônicos. Os criminosos empregaram essa ferramenta em 48
dos casos (sendo 34 consumados e 14 fracassados). Em 19 oportunidades, o
maçarico foi a opção usada (em 10 casos deu certo) e em outras 9 foram
escolhidas outras formas para atuar, como furadeira (por duas vezes, não
funcionou), serra (deu certo) e marreta (também não funcionou).
A capital do estado é a cidade onde mais ocorreu o referido crime. Em
Natal, 15 terminais foram violados em 2015. Por oito vezes, os
criminosos utilizaram um maçarico (em metade dos casos, a ação deu certo
e os bandidos conseguiram fugir com o dinheiro); explosivos foram
usados em cinco oportunidades (sendo três delas bem sucedidas); e a
ferramenta escolhida em duas ocasiões frustradas foi a furadeira.
Parnamirim teve quatro casos, todos com êxito para os criminosos. Em
Ipanguaçu, Macaíba, Monte Alegre, Pedro Velho, Poço Branco, São Tomé,
Vera Cruz e Tangará os bandidos agiram por duas vezes. nOs caixas
eletrônicos do Bradesco parecem ser os preferidos dos criminosos. Dos 76
casos, 43 ocorreram em agências do grupo (29 consumados; 14
frustrados). Além deles, 28 terminais do Banco do Brasil (15 consumados;
13 frustrados), três da Caixa Econômica Federal (todos bem sucedidos),
um do BNB e um 24 horas também foram alvo esse ano.
A madrugada é o período de maior atuação dos criminosos, mas caixas
eletrônicos também são violados de manhã, de tarde e de noite. Em Jardim
de Piranhas, por exemplo, uma tentativa de arrombamento ocorreu às
12h30, no mês de junho. Um ‘chupa-cabra’ foi utilizado na ocasião.
Também há casos em que caixas são explodidos às 5h da manhã, como
ocorreu em Pendências, em maio deste ano. Mas o maior índice é
registrado entre 2h e 3h da manhã. Foram 44 casos nesse mesmo horário.
Fevereiro, apesar de ser o menor mês do ano, foi o que apresentou o
maior número de casos, 10. Em janeiro foram oito; em março, três; abril,
três; maio, oito; junho, quatro; julho, cinco; agosto, cinco; setembro,
sete; outubro, nove; novembro, também nove; e, até o momento, cinco
ocorrências foram registradas em dezembro – a última, até o fechamento
dessa matéria, ocorreu em Governador Dix-Sept Rosado, cidade distante
320 quilômetros de Natal, nesta quarta-feira (16).
Já em relação aos dias da semana em que os crimes ocorrem, há um
equilíbrio. Foram realizadas 10 violações em segundas-feiras; 11 em
terças; 10 em quartas; 13 em quintas; 14 em sextas; oito em sábados; e
10 em domingos. Também esse ano, a Divisão Especializada em Combate ao
Crime Organizado (Deicor), da Policia Civil, desarticulou 11 quadrilhas e
prendeu 56 envolvidos com a prática de tais crimes.
Tribuna do Norte
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