Em
ano de crises política e econômica, o governo federal ampliou o volume
de verbas destinas a emendas parlamentares. Com o Orçamento Impositivo,
aprovado pelo Congresso no início do ano passado para obrigar o
Executivo a liberar os repasses indicados por deputados e senadores, e a
necessidade de obter apoio político no Legislativo para combater a
ameaça do impeachment, o Palácio do Planalto elevou de R$ 6,7 bilhões em
2014 (em valores atualizados) para cerca de R$ 7,2 bilhões em 2015.
Embora tenha contingenciado em R$ 3 bilhões a verba originalmente
reservada no Orçamento para as emendas parlamentares, este valor foi
elevado em dezembro pelo Planalto. Em dezembro, o presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou um pedido de impeachment de Dilma,
encampado pela oposição e posteriormente apoiado até por deputados da
base aliada.
Com isso, o Planalto liberou quase todas as emendas previstas após o
contingenciamento e elevou a verba destinada aos repasses. De acordo com
o ministro Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo da Presidência, o
valor subiu para cerca de R$ 7,2 bilhões. O montante não considera
restos a pagar – valores pendentes de anos anteriores.
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