O
lobista Milton Pascowitch falou pela primeira vez em uma audiência da
Operação Lava Jato, nesta quarta-feira (20), desde que firmou o acordo
de delação premiada com a Justiça. Apontado pelo Ministério Público
Federal (MPF) como operador de propina da construtora Engevix, ele é réu
no processo que também envolve o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Segundo o delator, o contrato de consultoria entre a empresa dele, a
Jamp Engenheiros Associados e a JD Consultoria, de propriedade de
Dirceu, serviu ao pagamento de propina por contratos entre a Engevix e a
Petrobras. Pascowitch disse que o ex-ministro exercia forte pressão
para receber propina desses contratos.
O lobista também afirmou que usou a Jamp para pagar parte da compra
da sede da empresa de Dirceu, a reforma de um apartamento em nome do
irmão do ex-ministro, a reforma de outro imóvel cujo verdadeiro dono
seria José Dirceu e a compra de uma casa para a filha dele. Ao todo,
esses negócios teriam rendido ao ex-ministro, segundo Pascowitch, mais
de R$ 2,7 milhões.
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