A presidente Dilma construiu uma tragédia com o apoio da sociedade
brasileira e agora corre risco significativo de perder o mandato. A
análise é do economista Antonio Delfim Netto, que diz ter sido “grande
amigo” do governo Lula e, até o fim de 2012, da gestão de Dilma.
Segundo Delfim, a popularidade da presidente disparou quando o
governo forçou uma redução dos preços da energia elétrica em 2012. A
medida teve forte impacto negativo no setor e as tarifas precisaram ser
posteriormente corrigidas. “Ela atingiu o máximo de sua aprovação quando
estava no máximo do erro. Visivelmente, você estava construindo uma
tragédia com o apoio da sociedade”, disse ele à Folha de São Paulo.
Para ele, outros equívocos grandes do governo Dilma incluíram tentar
reduzir os juros sem ter um equilíbrio das contas públicas condizente e
segurar o preço da gasolina, prejudicando a Petrobras. Segundo Delfim,
os protestos de junho de 2013 marcaram o momento em que a sociedade
acordou em relação aos erros do governo. “Ela [Dilma] deveria ter
acordado antes da sociedade. O papel do líder é explicar para a
sociedade por que existem restrições físicas; se você violá-las hoje,
elas aparecem amanhã com uma vingança”.
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