Um homem de 24 anos foi preso
nesta terça-feira(28) em Minas Gerais por suspeita de ter colocado o próprio
filho, um bebê de dez dias, à venda em um site de compras na internet. À
polícia, ele afirmou que se tratava de uma brincadeira. O suspeito deve
responder pelos crimes de "prometer ou efetivar a entrega de filho ou
pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa" e de "submeter criança
ou adolescente a vexame ou a constrangimento", conforme previsto no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Segundo
a Polícia Civil, o anúncio foi feito na última segunda-feira e trazia a
seguinte descrição: "Vendo lindo bebê com dez dias de vida, homem
lindo, com saúde total e comprovada. Ótimo investimento. Valor a
combinar". O suspeito e a mãe da criança, de 23 anos, foram encontrados
na cidade de Ibirité, região metropolitana de Belo Horizonte, e lavados
para prestar depoimento na delegacia. Junto com eles foram apreendidos o
celular da mãe, em que estavam os e-mails de confirmação da postagem, e
as roupas que a criança usava no anúncio.
De
acordo com a Polícia, o pai da criança inicialmente negou ser o autor
do anúncio, mas depois confirmou sua autoria e disse que havia anunciado
o filho de brincadeira. À Polícia, ele contou que usou o celular da
esposa e elaborou a postagem. A responsabilidade da mulher não foi
confirmada e, por isso, ela foi ouvida e liberada. "Nesse primeiro
momento, a responsabilidade dela está afastada, mas nada impede que, no
curso das investigações, seja comprovada uma omissão por parte dela ou
sua prévia ciência [em relação à postagem]", disse o delegado Pedro
Vicira, em vídeo divulgado pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Além
do recém-nascido, o casal tem outros dois filhos, uma menina, de 4 anos
de idade, e um menino, de 2 anos. Os três foram encaminhados para
realização de exame de corpo de delito, onde foi constatado que eles não
apresentavam sinais de maus tratos, e depois foram entregues ao
Conselho Tutelar.
(Da redação)
VEJA.com
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