A juíza Maria Priscilla Ernandes, da 4.ª Vara Criminal da Capital,
decretou segredo de Justiça do processo em que o ex-presidente Lula é
acusado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso tríplex –
apartamento no Guarujá que, segundo a Promotoria criminal de São Paulo,
pertence ao petista.
“Trata-se de processo de elevada repercussão
social, em que há acusações contra ex-Presidente da República e
requerimento de medidas cautelares sérias”, alegou a magistrada.
A
denúncia contra Lula foi apresentada na quarta-feira, 9. Os promotores
de Justiça acusam 16 investigados por irregularidades em empreendimentos
da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop). A ex-primeira-dama
Marisa Letícia, o filho mais velho do casal, Fábio Luís Lula da Silva, o
Lulinha, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, e o ex-tesoureiro do PT
João Vaccari Neto estão entre os denunciados.
A juíza avisa que
sua decisão sobre recebimento ou não da denúncia e sobre o pedido de
prisão do ex-presidente pode demorar “Neste momento saliento que o
processo apresentado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo
possui 36 volumes, ainda não findo o processo de digitalização, e já
existem habilitações de procuradores de alguns denunciados, e para a
análise da viabilidade da acusação, bem como dos pedidos cautelares
formulados, necessária a detida apreciação de todo o material
apresentado, o que demandará algum tempo.
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