Agência Brasil
- A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se na noite de terça-feira (12)
com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o núcleo duro do governo
para avaliar o cenário político após o PP, partido até hoje da base
aliada, declarar voto favorável ao processo de impeachment por
parte da maioria da bancada. O Palácio do Planalto ainda não tem uma
interpretação sólida sobre a movimentação do PP, mas avalia que, na
conta mais pessimista, perdeu apenas dez votos, e que portanto mais de
200 deputados ainda continuam contrários ao prosseguimento do impeachment.
Até terça(12), o governo previa que 213 parlamentares votariam contra o
processo, segundo o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da
República, Jaques Wagner. De acordo com o cenário mais otimista que
possuía sobre o apoio do PP, o Planalto avalia que perdeu somente cinco
votos. Após o anúncio do PP, os deputados Aguinaldo Ribeiro (PB) e
Ricardo Barros (RR) se reuniram com o ministro da Secretaria de Governo,
Ricardo Berzoini.
A posição dos progressistas não foi uma
surpresa, mas também não vinha sendo amplamente anunciado aos
articuladores políticos do governo. De acordo com o presidente da
legenda, Ciro Nogueira, apesar de decidir pela entrega dos cargos que
possui no governo, o partido não vai "perseguir" quem discordar da
decisão da maioria de apoiar o impeachment.
Além de Dilma
e Lula, participaram do encontro, no Palácio da Alvorada, Jaques Wagner
e Berzoini. A notícia "boa" para o governo, segundo um assessor
palaciano, ficou por conta do novo líder do PR, Aelton Freitas (MG),
que, após assumir o cargo, disse que não há necessidade de "fechamento
de questão" para que a legenda confirme ampla maioria contra o impeachment no próximo domingo (17). Por outro lado, a decisão do PRB de votar pelo afastamento de Dilma já era esperada pelo Planalto.
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