Quantas
vezes é possível a um político mentir ou omitir a situação de um país
até ser finalmente descoberto? Para Dilma Rousseff, no que diz respeito
às contas públicas do país, a resposta é “pelo menos duas vezes”. É o
que deixa claro o novo Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, segundo o
qual, o déficit real do país, deixado por Dilma, estava 171%
acima daquele previsto pela presidente afastada para este ano.
Os R$
170,5 bilhões de rombo descobertos por Meirelles preocupam, porém conta
apenas parte de uma história que pode chegar a outros valores
incomparavelmente maiores: R$ 4,017 trilhões. Que número é esse? O tamanho real da dívida brasileira.
Vistos da
TV, os números e anúncios do ministro parecem distantes e pouco ligados
ao seu cotidiano. Até que eles realmente impactem sua vida, seja de
forma clara como um novo imposto (como a volta da CPMF), ou um aumento
no preço dos combustíveis, você já terá esquecido e muito provavelmente
não irá ligar uma coisa a outra. Numa conta simples, se o déficit no ano
foi de R$ 170,5 bilhões num país onde há 90,639 milhões empregados,
assumindo a bomba, cada um arcará com um singelo custo de R$ 1.881,08
(ou, R$ 156,75 mensais). Tudo isso sem incluir o déficit de 2015 ou de
2014.
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