A
notícia do afastamento de Eduardo Cunha, que o deixa mais perto do que
nunca de uma prisão pelo juiz Sérgio Moro ou pelo próprio STF, acendeu a
luz vermelha entre os deputados que são ligados organicamente ao
ex-presidente da Câmara.
O deputado eleito pelo PMDB do Rio é considerado um arquivo robusto
do comportamento financeiro de centenas de campanhas políticas,
conhecendo fontes de recursos, destinação e pagamentos, que garantiu a
eleição de parlamentares. Uma eventual delação premiada daquele a quem
se habituaram chamar de “chefe” poderá desmontar o atual Congresso
Nacional.
Não por acaso, Eduardo Cunha conseguiu reverter votos que, durante a
votação da admissibilidade do impeachment, na Câmara, eram
contabilizados como favoráveis ao governo. Mais do que isso, conseguia
convocar seus pares para votações relâmpagos, durante as madrugadas,
para driblar a oposição a projetos de seu interesse. Os deputados agiam
como se integrassem a bancada do Cunha – e era.
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