Para
a presidente Dilma Rousseff, a queda de Cunha é uma decisão que chega
tarde. E não deve interferir no destino do processo de impeachment no
Senado, que deverá afastá-la do cargo na semana que vem.
Se o Supremo
tivesse tirado Cunha de cena antes da votação do impeachment na Câmara,
talvez a história fosse outra.
Agora, há apenas um certo sabor de vingança. Dilma e Cunha, que
brigaram tanto nos últimos dois anos, caem juntos. Para o
vice-presidente Michel Temer, é uma boa notícia à primeira vista. Sairá
de cena um aliado incômodo, com capacidade para atrapalhar o futuro
governo.
Mas Cunha é detentor de segredos do PMDB e de mais de uma
centena de deputados.
Uma eventual delação premiada não pode ser descartada. Isso vai
depender da reação de Cunha nos próximos dias. O peemedebista responde a
graves acusações de corrupção e perdeu seu palco político.
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