Os aliados que restam a Dilma Rousseff
têm procurado senadores para comunicar as condições que ela impõe para
comparecer à sessão de julgamento, no fim do mês: não ouvir discursos
contra ela e nem uito menos perguntas dos parlamentares. É como o réu
impor condições para comparecer ao tribunal do júri.
O ex-ministro José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma, acha que ela
deve comparecer, fazer um discurso de defesa, eventualmente até
despedindo-se do cargo, e ir embora, sem questionamentos.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse ao jornal O
Globo que os senadores serão respeitosos, mas não vão abrir mão das
perguntas. “Seremos firmes, mas respeitosos”, promete.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), acha inútil a presença
de Dilma no julgamento, até porque é uma situação imprevisível. “Isso
não vai reverter nenhum voto”, diz ele.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) teme retaliações: “Para mim, Dilma
deveria vir, falar e sair. Mas temos três ou quatro senadores que
poderiam criar situações muito constrangedoras”
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