Durante um painel da Futurecom 2016, evento anual realizado em São
Paulo voltado à indústria da telecomunicação nesta semana, o presidente
da TIM, Stefano de Angelis, falou sobre a estratégia da empresa e das
rivais. “Não acho que existe no País uma obrigação de dar WhatsApp
grátis”, declarou o executivo.
“Os equilíbrios entre uso de dados e OTTs é uma alavanca que nós
operadores precisamos provavelmente melhorar na formulação de tarifas”,
disse ainda Angelis, em referência a serviços “over-the-top”:
aplicativos que, como o WhatsApp, dependem da infraestrutura de acesso à
internet oferecida pelas operadoras.
“Não tem legislação que obriga a dar o WhatsApp de graça, foi uma
decisão das operadoras, não só no Brasil, mas em todo o mundo, e depois
[as operadoras] vão chorar com as autoridades que tem um problema nos
OTT”, criticou Angelis, reforçando o já conhecido discurso de que apps
como o WhatsApp são uma espécie de concorrência desleal aos serviços de
voz e SMS.
De acordo com o executivo, “não dá para alavancar as ofertas de um
serviço que come a receita tradicional da empresa”. “Se a gente vai dar
interconexão de graça nas nossas redes, depois não vão chorar”, declarou
o presidente da TIM em coletiva de imprensa após o painel.
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