As investigações sobre o patrimônio oculto do ex-presidente Lula
ultrapassaram as fronteiras do Brasil. Depois de identificarem ligações
do ex-presidente com imóveis suspeitos em solo nacional, como o tríplex
no Guarujá, o sítio em Atibaia e uma cobertura em São Bernardo do Campo,
procuradores do Ministério Público Federal (MPF), integrantes da
força-tarefa da Operação Lava Jato, apuram se uma mansão em Punta Del
Este, no Uruguai, pertence a Lula. A investigação foi iniciada em
agosto. O esquema seria semelhante ao adotado pelo petista para as
outras propriedades utilizadas por ele no Brasil.
No modus operandi tradicional, os imóveis ficam registrados em nome
de empresários amigos. Em troca de benesses e tráfico de influência no
governo ou fora do País, Lula se transforma no dono real desses imóveis,
com poder para deles usufruir quando bem entender, determinar quem
entra e sai e até mesmo promover caríssimas reformas, mesmo que
oficialmente as propriedades não figurem em seu nome.
ISTOÉ revelou
é que essa prática se repetiria no Uruguai. Neste caso, a mansão –
segundo colaboradores do Ministério Público Federal que estiveram em
Punta Del Este – pertenceria a uma offshore ligada ao empresário
Alexandre Grendene Bertelle, um dos donos da indústria de calçados
Grendene e que, no Uruguai, é proprietário de um sem-número de casarões –
entre os quais uma suntuosa casa na rua paralela à do imóvel suspeito
de ter ligações com Lula – e sócio de empreendimentos bem-sucedidos como
o Hotel e Cassino Conrad.
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