Os governadores estão se organizando para apresentar
ao governo federal um pacote de socorro à previdência dos Estados. O
plano inclui dar apoio a uma ampla reforma previdenciária, que trate não
apenas do INSS, mas inclua as previdências do setor público estadual.
Mas eles pedem uma contrapartida: que a União aceite comprar ativos dos
Estados para que, nos próximos dois a três anos, possam receber cerca de
R$ 150 bilhões para tirar as suas previdências do vermelho.
O déficit financeiro anual das previdências estaduais passa de R$ 75
bilhões. Mais preocupante é o déficit atuarial – que indica a dívida de
longo prazo dos Estados com os servidores. O rombo é de R$ 4,7 trilhões,
quando o certo seria ser zero. Pela proposta, os Estados fariam a
reforma para deter o déficit de longo prazo e a União, por meio da
compra de ativos, ajudaria a cobrir parte do buraco no curto prazo,
enquanto todas as medidas da reforma não fazem efeito.
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