Cada
um sabe onde lhe aperta o calo. O PT terá tido certamente suas razões
para aprovar a permissão para que suas bancadas apoiem os candidatos do
establishment governista às presidências da Câmara, Rodrigo Maia, e do
Senado, Eunício Oliveira.
Essas razões, muito provavelmente, vão além dos cargos nas mesas das
duas casas que os petistas e sua tropa varrida da Esplanada fica
ameaçada de perder se apresentar candidaturas próprias. De fato, não tem
jeito de ganhar.
Mas o que a cúpula do PT tem que avaliar neste momento é se o
desgaste provocado pela divisão interna em torno desse assunto, e por
sua exposição pública, não será maior do que as possíveis vantagens.
É claro que ficar de fora das mesas, um espaço importante no
parlamento, é ruim. Pior ainda, porém, podem ser as consequências do
barraco que o PT está vivendo publicamente. No Senado, os mais
aguerridos defensores da ex-presidente Dilma Rousseff contra o
impeachment, Lindbergh Farias e Gleisi Hoffman, estão inconformados,
assim como parte da bancada na Câmara e a maioria da militância que
ainda resta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário