NATAL - A luta pelo domínio da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, na Grande Natal, superou nesta quinta-feira, 19, 120 horas, com
cenas de batalha campal, duas mortes e tentativa de assassinato até do
diretor da cadeia. À noite, a Tropa de Choque entrou na prisão para
tentar criar uma “parede” que separasse os detentos ligados ao Sindicato
do Crime (SDC) dos filiados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Ao longo do dia, o ponto em disputa era o pavilhão 3 da unidade, antes ocupado por detentos considerados neutros e também por aqueles ligados ao SDC. Perto dali, integrantes do PCC, que ganharam força desde o massacre do sábado, quando mataram 26, queriam avançar ainda mais no território e conquistar mais um pavilhão - além do 5, o 4 já havia passado para a organização de origem paulista. Essa disputa, travada com armas artesanais, entre lanças e escudos, e com os pés na areia, representou o confronto mais intenso entre as partes na cadeia desde o início da semana.
O sexto dia de rebelião em Alcaçuz começou cedo. Nas primeiras horas da manhã, detentos de lado a lado voltaram a ocupar os telhados dos pavilhões e traçar objetivos para ameaçar e confrontar a parte rival. A polícia, que havia entrado no local na noite de quarta para transferir detentos do SDC, só ocupava as guaritas.
A transferência foi apontada como um dos fatores que desencadearam a nova briga. Isso porque as duas centenas de presidiários retirados da unidade eram ligados ao Sindicato, o que enfraqueceu a resistência contra o PCC, que optou por avançar. Do alto dos muros, o barulho dos disparos de armamento não letal efetuados por PMs e agentes penitenciários ecoavam na região, além das explosões das bombas de efeito moral. A corporação queria evitar à bala a aproximação dos grupos criminosos.
No meio da manhã, a tensão aumentou e os ataques se sucederam com pedras, paus, lanças e até com disparos de arma de fogo. No momento de maior conflagração, o diretor da unidade, Ivo Freire, subiu em uma das guaritas e virou alvo dos presos. Um tiro de arma de fogo disparado em sua direção com intenção de matá-lo atingiu a parede da guarita, esfarelando o cimento atrás dele. No presídio, o cenário visto desde o domingo passado continuava: bandeiras hasteadas e falta de controle sobre a circulação dos presos. Vários detentos feridos foram retirados por colegas. À noite, o governo confirmou duas mortes nos confrontos.
Intervenção. À tarde, o clima de relativa tranquilidade, em comparação à manhã, só foi rompido por um incêndio no pavilhão 3 que espalhou uma fumaça negra pela unidade. Pouco depois, às 17 horas, agentes do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Operações Especiais (GOE), dos agentes penitenciários, entraram na unidade com objetivo de cessar a livre circulação e a ameaça de confronto entre os presos. Até as 20 horas, o ônibus da equipe permanecia no interior da cadeia, avançando aos poucos.
Ao longo do dia, o ponto em disputa era o pavilhão 3 da unidade, antes ocupado por detentos considerados neutros e também por aqueles ligados ao SDC. Perto dali, integrantes do PCC, que ganharam força desde o massacre do sábado, quando mataram 26, queriam avançar ainda mais no território e conquistar mais um pavilhão - além do 5, o 4 já havia passado para a organização de origem paulista. Essa disputa, travada com armas artesanais, entre lanças e escudos, e com os pés na areia, representou o confronto mais intenso entre as partes na cadeia desde o início da semana.
O sexto dia de rebelião em Alcaçuz começou cedo. Nas primeiras horas da manhã, detentos de lado a lado voltaram a ocupar os telhados dos pavilhões e traçar objetivos para ameaçar e confrontar a parte rival. A polícia, que havia entrado no local na noite de quarta para transferir detentos do SDC, só ocupava as guaritas.
A transferência foi apontada como um dos fatores que desencadearam a nova briga. Isso porque as duas centenas de presidiários retirados da unidade eram ligados ao Sindicato, o que enfraqueceu a resistência contra o PCC, que optou por avançar. Do alto dos muros, o barulho dos disparos de armamento não letal efetuados por PMs e agentes penitenciários ecoavam na região, além das explosões das bombas de efeito moral. A corporação queria evitar à bala a aproximação dos grupos criminosos.
No meio da manhã, a tensão aumentou e os ataques se sucederam com pedras, paus, lanças e até com disparos de arma de fogo. No momento de maior conflagração, o diretor da unidade, Ivo Freire, subiu em uma das guaritas e virou alvo dos presos. Um tiro de arma de fogo disparado em sua direção com intenção de matá-lo atingiu a parede da guarita, esfarelando o cimento atrás dele. No presídio, o cenário visto desde o domingo passado continuava: bandeiras hasteadas e falta de controle sobre a circulação dos presos. Vários detentos feridos foram retirados por colegas. À noite, o governo confirmou duas mortes nos confrontos.
Intervenção. À tarde, o clima de relativa tranquilidade, em comparação à manhã, só foi rompido por um incêndio no pavilhão 3 que espalhou uma fumaça negra pela unidade. Pouco depois, às 17 horas, agentes do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Operações Especiais (GOE), dos agentes penitenciários, entraram na unidade com objetivo de cessar a livre circulação e a ameaça de confronto entre os presos. Até as 20 horas, o ônibus da equipe permanecia no interior da cadeia, avançando aos poucos.
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