Em pronunciamento feito na tarde deste sábado (20), o presidente Michel Temer falou de perícia encomendada pelo jornal “Folha de S. Paulo”, segundo a qual houve 50 edições no áudio entre ele e Joesley Batista.
Temer não mencionou que o perito do jornal disse que estava íntegra a
parte mais relevante da fita – a que envolve o ex-deputado Eduardo
Cunha.
Outras
perícias, sobre as quais o presidente também não falou, mencionam
número bem menor de edições. A perícia feita pelo jornal “O Estado de S.
Paulo” fala de 14 edições, e confirma que está intacta a parte
referente a Eduardo Cunha. Também intacto está outro trecho, segundo o
perito d’”O Estado de S. Paulo”.
É o trecho sobre a manipulação de
juízes por parte de Joesley Batista.
Dois outros respeitados peritos concluíram que a fita inteira está intacta, sem sinais de adulteração ou edição.
A
reportagem da “Folha de S. Paulo” diz que o áudio entregue por Joesley
Batista tem cortes, segundo a análise de um perito contratado pelo
jornal. O jornal afirma que “a perícia contratada pela Folha concluiu
que a gravação sofreu mais de 50 edições”. O laudo foi feito por Ricardo
Caires dos Santos, perito judicial pelo Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo.
Ele
diz que o áudio divulgado pela Procuradoria Geral da República tem
indícios claros de manipulação, mas que “não dá para falar com que
propósito”.
Em
entrevista à “Folha”, outro perito, Ricardo Molina, da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), declarou que a gravação é de baixa
qualidade técnica. Ele diz que “percebem-se mais de 40 interrupções, mas
que não dá para saber o que as provoca”. Ricardo Molina diz que “pode
ser um defeito do gravador, que pode ser edição, não dá para saber”.
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