Como reação política, o pronunciamento de Michel Temer neste sábado
tem o efeito positivo de avisar aos navegantes de sua base que ele
pretende lutar para ficar no cargo – e, quem sabe, segurar ou adiar a
debandada de alguns. Trata-se, porém, de uma faca de dois gumes,
antecipando uma manifestação do STF que pode – ou não – representantar
uma pá de cal em seu governo no Supremo.
Afinal, o ministro Edson Fachin, que nada faz sem o respaldo da
presidente Cármen Lúcia, acolheu em parte a petição do presidente ao
determinar que seja realizada a perícia demandada nas gravações de
Joesley Batista. Apontar a adulteração da gravação “clandestina” passou a
ser um dos principais argumentos de Temer contra a delação da JBS.
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