Não se derruba um presidente da República sem que as
forças políticas tenham se acertado antes em torno de quem vai ficar em
seu lugar – quem e para fazer o quê. É justamente essa articulação, que
os políticos da base governistas começam a fazer pelos cantos, mas de
forma ainda incipiente, que o presidente Michel Temer quer evitar. Sabe
que, quando houver um consenso mínimo em torno de um nome para ser
eleito indiretamente pelo Congresso, está perdido.
A sorte de Michel, por enquanto, é que isso ainda não aconteceu. Mas
até quando? O Planalto melou, por exemplo, a reunião que estava marcada
para este domingo à tarde entre as cúpulas do PSDB, comandado agora por
Tasso Jereissati, e do DEM, por José Agripino. Constrangeu os dois
convidando-os para o encontro à noite no Alvorada. Da mesma forma,
tentou carimbar como aliados outros parlamentares da base que, em outras
reuniões para discutir o futuro com seus pares, poderiam passar como
conspiradores.
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