Os
60 anexos iniciais de Valério narram que o presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamotto, foi nomeado pelo ex-presidente para ser o contato
com a SMP&B em meio à crise do mensalão, em 2005, e acertou um
pagamento via Andrade Gutierrez.
“Ficou acertado uma ajuda no valor de R$ 5 milhões para pagar as
despesas dos advogados […]. Ele nos falou que a construtora Andrade
Gutierrez faria o pagamento […]. Pagamos os advogados dos réus, dando um
pouco para cada um dos seis réus do núcleo político”, relata.
Valério diz ainda que, junto com o ex-tesoureiro do PT Delúbio
Soares, articulou um encontro entre o banqueiro Daniel Dantas e o
ex-ministro Antonio Palocci para resolver problemas do Grupo Opportunity
com o governo Lula.
Em troca, a Brasil Telecom, controlada pelo grupo, contratou serviços
superfaturados do publicitário Duda Mendonça no valor de R$ 12 milhões.
Os anexos relatam ainda uma série de episódios envolvendo propina,
como o pagamento de uma reforma no estádio do Morumbi e em prefeituras
mineiras.
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