De Mossoró, onde recebeu da Uern o título de Doutor Honoris Causa, Lula segue para o Ceará, Piauí e Maranhão.
Uma coisa é o que Lula e os
principais líderes do PT dizem para consumo externo, principalmente dos
eleitores cativos dos dois. Outra é o que dizem para consumo deles
mesmos.
Para consumo externo, Lula é candidato à sucessão do presidente Michel Temer. E como candidato se comporta ao sair em caravana por 25 cidades de nove Estados do Nordeste.
Para consumo interno, Lula e seus interlocutores concordam que são
ralas as chances de ele não ser condenado na segunda instância da
Justiça, o que o impedirá de ser candidato.
Assim, Lula está em campanha para ser o mais forte cabo eleitoral que
um candidato da oposição possa ter – de preferência, um candidato do
PT.
É aí que entra o nome de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, o
petista com o perfil mais palatável para uma maioria de eleitores
conservadores que rejeita os políticos em geral.
É remota a possibilidade de o PT abrir mão de disputar a eleição
presidencial do próximo ano com um candidato próprio. E Ciro Gomes
(PDT), que ofereceu a vice ao PT, sabe disso.
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